A intoxicação alimentar é uma condição comum que pode afetar qualquer pessoa a qualquer momento. Ela ocorre quando consumimos alimentos ou bebidas contaminados com microrganismos nocivos – como bactérias, vírus e parasitas – ou, ainda, com substâncias químicas tóxicas.
Embora seja uma experiência desagradável, a boa notícia é que existem várias formas eficazes de tratar a intoxicação alimentar e aliviar seus sintomas. Neste artigo, vamos explorar o que é bom para intoxicação alimentar quando se trata de lidar com seus sintomas e tratamentos – então continue conosco.
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O que é a intoxicação alimentar?
A intoxicação alimentar, também conhecida como infecção gastrointestinal, é uma doença causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Os contaminantes mais comuns incluem bactérias (como Salmonella, Shigella, Staphylococcus e E. coli), vírus (como rotavírus, norovírus e o vírus da hepatite A), parasitas (como Giardia lamblia, Entamoeba histolytica e Toxoplasma gondii) e produtos químicos, como agrotóxicos.
A contaminação dos alimentos pode ocorrer de várias maneiras, incluindo manuseio inadequado, falta de higiene, armazenamento impróprio e uso de ingredientes contaminados.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez pessoas no mundo adoece após consumir alimentos contaminados, e cerca de 420 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças transmitidas por alimentos.
Esse é um fator ainda preocupante, que mostra que, embora a intoxicação alimentar seja de fácil tratamento hoje em dia, ainda é necessário se manter atento aos seus sintomas para tratar, principalmente, a desidratação causada por esse tipo de contaminação.
Quais os sintomas de intoxicação alimentar?
Os sintomas de intoxicação alimentar podem variar dependendo do tipo de contaminante; dito isso, os mais comuns incluem:
- Náusea;
- Febre;
- Cólica intestinal;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dores abdominais;
- Desidratação;
- Mal-estar;
- Perda de peso;
- Queda da pressão arterial.
Esses sintomas geralmente aparecem entre 6 e 72 horas após a ingestão do alimento contaminado – embora em alguns casos possam surgir em apenas 2 horas. A gravidade dos sintomas pode variar de leve a severa e a duração também pode diferir, durando desde algumas horas até vários dias.
Em casos mais graves, podem ser necessárias a intervenção de soros intravenosos e a administração venal de remédios e medicamentos (por um médico).
O que é bom para intoxicação alimentar?
O tratamento da intoxicação alimentar é principalmente focado em aliviar os sintomas e evitar a desidratação. Aqui estão alguns dos remédios e tratamentos mais recomendados:
1. Sais de reidratação oral
Os sais de reidratação oral, como Floralyte, Hidrafix, Rehidrat ou Pedialyte, são fundamentais para repor os eletrólitos perdidos devido aos vômitos ou diarreia. Esses sais ajudam a prevenir a desidratação, que é uma preocupação séria em casos de intoxicação alimentar. Em casos graves, pode ser necessário o internamento hospitalar para administração de soro intravenoso.
2. Carvão vegetal ativado
O carvão vegetal ativado pode ser utilizado para absorver as toxinas presentes no trato gastrointestinal, ajudando a reduzir a absorção dessas toxinas pelo corpo. A dose recomendada é de 1 cápsula, 2 vezes ao dia. No entanto, é importante lembrar que o carvão vegetal pode interferir na absorção de outros medicamentos, devendo ser utilizado com cautela e orientação médica.
3. Metoclopramida
A metoclopramida é um antiemético que pode ser prescrito para aliviar náuseas e vômitos – estando disponível em forma de comprimidos, gotas ou solução oral e deve ser usado apenas sob prescrição médica. É contraindicado para crianças com menos de 1 ano, pessoas com certas condições médicas e mulheres grávidas ou lactantes, exceto sob orientação médica.
4. Escopolamina
A escopolamina, ou butilbrometo de escopolamina, é usada para aliviar cólicas intestinais e dores abdominais. Ela age reduzindo as contrações do estômago e intestinos, ajudando a diminuir a sensação de náusea e cólicas. Assim como a metoclopramida, esse medicamento deve ser usado com orientação médica e não é indicado para crianças, grávidas, lactantes ou pessoas com glaucoma.
5. Saccharomyces boulardii
O Saccharomyces boulardii é um probiótico que ajuda a combater a diarreia e restaurar a microbiota intestinal. Encontrado sob nomes comerciais como Floratil e Repoflor, este probiótico fortalece o sistema imunológico e acelera a recuperação.
É fundamental sempre consultar um médico e nunca se automedicar, mesmo em casos de intoxicação alimentar leve. A automedicação pode mascarar sintomas importantes, atrasar o diagnóstico correto e, em alguns casos, agravar a condição. Apenas um profissional de saúde pode avaliar a gravidade da intoxicação, prescrever o tratamento adequado e monitorar a recuperação.
Além disso, o uso inadequado de medicamentos pode causar efeitos colaterais indesejados e complicações adicionais. Portanto, a orientação médica é essencial para garantir uma recuperação segura e eficaz!
Quando tomar soro caseiro é indicado na intoxicação alimentar?
Tomar soro caseiro é uma excelente opção para tratar a desidratação leve a moderada causada pela intoxicação alimentar, já que ele ajuda a repor líquidos e eletrólitos de forma eficaz e segura. É especialmente útil quando não há acesso imediato a sais de reidratação oral comerciais.
A receita de soro caseiro é simples:
Ingredientes
- 1 litro de água filtrada ou fervida
- 1 colher de chá de sal
- 1 colher de sopa de açúcar
Modo de preparo
- Misture bem todos os ingredientes até que o sal e o açúcar estejam completamente dissolvidos.
- Beba a solução em pequenas quantidades ao longo do dia, especialmente após episódios de vômito ou diarreia.
O soro caseiro deve ser consumido no mesmo dia do preparo para garantir sua eficácia.
Quais são as recomendações para intoxicação alimentar?
Além dos remédios e do soro caseiro, algumas recomendações podem ajudar a aliviar os sintomas e acelerar a recuperação, tais como:
Hidratação
Como sempre, manter-se hidratado é crucial. Beba bastante água, chás sem cafeína e sucos de frutas naturais. Evite bebidas com cafeína ou álcool, pois podem piorar a desidratação.
Alimentação leve
Adote uma dieta leve e fácil de digerir, incluindo alimentos como:
- Chás com açúcar (evitando chá preto, chá mate ou chá verde)
- Mingau de maisena
- Pera e maçã cozidas e sem casca
- Banana
- Cenoura cozida
- Arroz branco ou massa sem molhos ou gorduras
- Batata cozida
- Frango ou peru grelhado ou cozido
- Pão branco com geleia de fruta
Repouso
Descanse bastante para permitir que seu corpo se recupere. Evite atividades físicas intensas até que os sintomas diminuam e até que seu corpo esteja completamente reidratado.
Evite medicamentos sem prescrição
Não tome medicamentos sem a orientação de um médico, especialmente antibióticos, que podem não ser necessários e podem piorar a condição.
Qual a diferença entre intoxicação e infecção alimentar?
A intoxicação alimentar e a infecção alimentar são condições relacionadas ao consumo de alimentos contaminados – mas possuem causas e características distintas. Ambas as condições exigem cuidados adequados e, em casos mais severos, a orientação médica é essencial para um tratamento seguro e eficaz.
Em resumo, a intoxicação alimentar é causada por toxinas pré-formadas em alimentos contaminados e apresenta sintomas rápidos e de curta duração, enquanto a infecção alimentar é causada pela ingestão de microrganismos que se multiplicam no corpo, com sintomas que aparecem mais lentamente e podem durar mais tempo.
O que é bom para intoxicação alimentar? Tratamento adequado e orientação médica!
Como pudemos ver ao longo deste artigo, a intoxicação alimentar é uma condição comum, mas com os cuidados adequados, é possível aliviar os sintomas e promover a recuperação rápida.
Sempre procure orientação médica, especialmente em casos graves ou se os sintomas persistirem. Com as medidas corretas, é possível superar a intoxicação alimentar e voltar à normalidade rapidamente.
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